Dois fatos inegáveis sobre o ser humano são sua necessidade de se organizar em comunidades e sua busca incessante por economizar. Ao juntar essas duas características surge um dos
fenômenos recentes que tem impactado consideravelmente o varejo: as comunidades de ofertas.
A ideia de pessoas se juntarem para pagar menos em compras não é novidade, mas a internet tornou esse processo muito mais simples e eficaz, permitindo que o modelo ganhasse cada vez
mais adeptos. O que começou nos fóruns, evoluiu para os grupos de compra, famosos no Facebook e Whatsapp, e se transformou em novos modelos de negócio.

O Facebook já entendeu o movimento

De todas as acusações que podemos fazer contra o Facebook, estar atrasado em relação às mudanças na forma como nós interagimos e usamos a plataforma não é uma delas. Nos
últimos anos, a rede social se tornou um dos principais palcos do comercio informal na internet com os grupos de compra.
Segmentados por cidade, bairro, interesse e até mesmo perfil dos usuários, os grupos de compra se espalharam de forma orgânica pelo Facebook com uma velocidade impressionante, estando presente até mesmo em cidades bem pequenas. Essa movimentação não passou despercebida pela rede social, que criou, em 2015, seu próprio “marketplace”, para facilitar o anúncio dos produtos nesses espaços.

Comunidades de ofertas

Esse movimento também influenciou a criação de um serviço novo, mas que já ganhou a atenção e a preferência de muita gente: as comunidades de oferta. Esse modelo consiste em
uma plataforma onde as pessoas podem compartilhar, comentar, avaliar e aproveitar promoções de diversas lojas.
O sucesso desses serviços está em criar um ambiente onde pessoas reais possam se reunir para trocar informações e experiências que as ajudem a economizar em suas compras. Com
isso, cria-se uma rede de proximidade e de confiança entre os membros, cujas opiniões passam a ter um grande peso na decisão de compra dos demais.

Confiança é a base de tudo

De acordo com o estudo global Authentic Brands e Authentic 100, realizado pela Cohn & Wolfe, 81% dos brasileiros desconfiam da honestidade de uma empresa. Isso significa que um
anúncio que diz: “menor preço” já não tem a capacidade de surtir o mesmo efeito nas pessoas, principalmente porque elas podem verificar se a afirmativa é verdadeira em menos de cinco
minutos com ajuda do smartphone.
Por outro lado, o estudo global da Nielsen aponta que 70% das pessoas confiam em indicações de outras pessoas. Esse número sobe para 92% quando a informação vem de familiares ou
amigos. Com isso, se uma pessoa afirma que o produto está com o “menor preço” em uma loja, essa mensagem terá uma credibilidade maior do que quando o dito por uma marca.

Transformar essa confiança em vendas

As comunidades de oferta não têm ajudado apenas os compradores, mas têm sido ótimas aliadas para os varejistas, como uma plataforma de divulgação e validação social das
promoções. Só o fato de estarem nessas plataformas, as ofertas da loja passam a ser vistas com mais confiança por todos, o que tem influência direta na decisão de compra.
Mas como todo mundo sabe, confiança é algo que se quebra com bastante facilidade. Por isso, essas plataformas precisam garantir que seus membros tenham sempre acesso as melhores
oportunidades de economizar.

Modelos que deram certo

Dentre as comunidades de ofertas, duas se destacam por terem criado um ambiente propício a surgir um elo forte entre seus membros, que participam ativamente das comunidades e são
agentes importantes para que o sentimento de confiança dentro da plataforma seja cada vez maior.

Author

COO e Co-founder na Promobit. Com mais de 400 mil membros cadastrados, o Promobit é maior comunidade de Crowdsourcing de Ofertas e Descontos do Brasil. Todos os usuários podem indicar ofertas, porém, antes de serem aceitas, uma equipe de moderadores faz a checagem para avaliar se a promoção é realmente válida. Além do site com as ofertas, o Promobit conta com fórum e blog para informar o consumidor e ajudá-lo na tomada de decisão.

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