Mais uma vez mostrou-se válida a teoria de que o E-commerce é uma alternativa fundamental para o consumidor que precisa economizar. O cenário de crise política e econômica comprovou que a Internet é a mais eficiente saída na comparação de preços.

O novo relatório Ebit WebShoppers (33ª edição) que acaba de ser divulgado, identificou ainda o surgimento de centenas de novas empresas no setor. Fato que aumentou significativamente a competição e, por consequência, a exigência do diferencial de bons serviços e preços. Mais um indício do amadurecimento do segmento no Brasil. O nível de satisfação do consumidor (NPS), por exemplo, registrou 4 pontos percentuais a mais, subiu de 61 para 65%.

Segundo os especialistas, esse incremento na qualidade dos serviços contribui ainda para aumentar a confiança do consumidor. O que obviamente resulta em aumento de vendas.

O crescimento do E-commerce no Brasil em 2015 desacelerou sim (chegou a 28% de crescimento de 2012 para 2013), mas ainda mostrou expressivos 15% de faturamento a mais em relação à 2014. Como já havíamos informado em janeiro, o setor registrou 41,3 bilhões em vendas no ano passado.

Vale destacar ainda que também foi registrado um enfraquecimento de compras feitas pela Classe C. Consolidamos os principais números do estudo no infográfico abaixo. Na sequência comentamos separadamente.

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O E-commerce brasileiro em 2015

Habitualmente consolidamos todos os números divulgados pelo mercado na nossa sessão Números do E-commerce. Nela criei uma tabela que simplifica os dados de cada data sazonal do mercado para ajudar o empreendedor. A cada nova informação a tabela é atualizada. Logo, este é o melhor momento para registrar nossa tabelinha completa do ano de 2015 com cada data separada.

Por que esta tabela é interessante? Vou tentar explicar. Sabendo, por exemplo, a diferença do volume de demanda da Black Friday para a Cyber Monday, o gestor terá melhor noção de quantidade de produtos em estoque que ele compra para as datas que acontecem entre a sexta e a segunda-feira.

O profissional pode ter um indício de qual porcentagem do estoque dele pode “reservar” para aumentar as ofertas para a segunda-feira. Logicamente isso envolve uma série de variáveis específicas para cada caso.

Categorias mais vendidas

Moda & Acessórios, líder desde 2013, manteve sua posição como categoria de produto que mais vende na Internet brasileira. Neste caso também o destaque para a queda de faturamento. Mesmo com representativos 14% de participação de volume de pedidos no mercado (já teve 19% de participação em 2013), a categoria registrou uma queda de 7% de faturamento em relação a 2014.
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Em segundo lugar aparece a categoria de Eletrodomésticos com 13% de share de mercado – crescimento de 27% de faturamento. Na sequência temos Telefonia & CelularesCosméticos & Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde e Livros/Assinaturas & Revistas respectivamente completando o Top 5.

Crossborder

Um comportamento do consumidor brasileiro que ganhou destaque (já apareceu no relatório do ano passado e retrasado) e recorrência nos últimos anos é o conceito de crossborder. A compra de brasileiros em sites internacionais ganhou destaque no Ebit WebShoppers depois de um crescimento significativo mesmo com a desvalorização de nossa moeda frente ao dólar principalmente.

Em estudo que contou com 2.019 questionários entre 18 e 26 de dezembro, a E-bit identificou que em 2015, 14,9 milhões de brasileiros compraram de sites de fora do país. Que normalmente oferecem produtos muito mais baratos pela tributação menor dos governos locais.

O número de brasileiros comprando de fora cresceu 36% em comparação com 2014. Impressiona também os números de faturamento, são 2,02 bilhões de Dólares gastos fora do país pela internet.

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Relatório completo para download

O relatório completo com informações bem mais aprofundadas sobre o estudo da E-bit/Buscapé já está disponível para download gratuito no site www.webshoppers.com.br.

Author

Branding, Content Marketing e Comunicação. Sou Sócio-fundador do Profissional de E-commerce. Desde nov/2020 lidero o time de Marketing e Comunicação do Golden Square Shopping, da Ancar Ivanhoe. De jun/2019 a set/2020 atuei como Gerente de Marketing e Comunicação na Nox Bitcoin. Destaque para o projeto de conteúdo Investificar. De jan/2018 a jan/2019, liderei os times de Branding (Content Marketing, PR, Social Media e Branding), Product Marketing, área de cursos da Foxbit, fintech de criptomoedas e o projeto e primeiro ano de atuação do Cointimes. Entre ago/2016 e set/2017 atuei como head da área de Marketing da Ebit, empresa Buscapé Company, hoje Nielsen (onde participei do projeto do Webshoppers 39, em mar/2019), referência em informações, certificação de lojas e inteligência de e-commerce. Entre 2012 e 2016, participei ativamente da estruturação da startup Universidade Buscapé Company, entrei na coordenação de treinamentos de E-commerce e Marketing Digital. Lá assumi também a coordenação de Marketing Digital e Conteúdo da Uni Buscapé e do Profissional de E-commerce. Desde 2013, ministro aulas de Marketing de Conteúdo para E-commerce na Faculdade Impacta e em algumas empresas de internet no formato workshop. Você pode encontrar mais informações em meu perfil do LinkedIn ou marcando um café! ;)

1 Comment

  1. gustavo machado Reply

    Parabéns pelo artigo, não sou estudando da área mas preciso fazer um comentario sobre o crescimento do e-commerce no brasil e seu artigo ajudou bastante. Obrigado!

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