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Como o pequeno varejista pode fazer ações de mobile commerce?

O e-commerce no Brasil tem crescido muito desde que as classes C e D tiveram acesso ao mercado digital. A questão ainda é primária quando se fala na utilização de um novo canal de comercialização. A principal preocupação é quanto ao número de acessos, pois quanto maior a quantidade de pessoas conectadas maior probabilidade de venda.

No Brasil, por exemplo, 83 milhões de pessoas acessam a internet frequentemente e mais de 25 milhões de pessoas já compram segundo pesquisa do jornal Folha de São Paulo.

O aumento do poder de consumo e da importância que tais classes possuem na tomada de decisões das empresas já é uma realidade, porém poucas empresas adotam e programam estratégias para atingirem este público-alvo. Vender pela internet não é uma tarefa fácil, ao contrário do que muitos pensam e pregam por ai.

Os grandes varejistas sabem disso, por isso investem seu tempo e dinheiro em pesquisas e ações destinadas ao seu público para que possam cada vez mais conhecê-los e oferecer produtos e ofertas de acordo com suas necessidades.

Segundo a e-bit hoje temos cerca de 261 milhões de celulares no Brasil, com um crescimento de 73% de smartphones vendidos em relação à 2011. Em volume de transações de Mobile Commece, o share cresceu de 0,8% em janeiro de 2012 para 2,5% em janeiro de 2013.

E quanto ao pequeno varejista? Como ingressar nesse mercado de gigantes e dar os primeiros passos?

O pequeno varejo é um mercado muito amplo e rápido, com ocorrências de contratos verbais que sofrem alterações constantemente. A atuação que ocorre em grandes redes de varejo não funciona com este tipo de mercado por falta de estrutura para competir com seus concorrentes maiores.

Sendo assim, não existe definição de processos, manual de conduta ou normas para se lidar com seus consumidores, o que dificulta a organização e consequentemente as vendas. O

pequeno varejista tem de estar convicto de sua estratégia, pois o inicio do negócio pode ser difícil e custoso, podendo gerar insegurança. Porém, hoje o mercado oferece uma série de oportunidades para o pequeno varejista que quer ingressar no E-commerce. A tecnologia em plataformas de lojas virtuais está cada vez mais avançada e as possibilidades de testar qual a melhor maneira de implantar seu negócio são muitas.

No dia 27 de junho, aconteceu em São Paulo o evento E-commerce Week realizado pela Corpbusiness  no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza. O evento contou com palestras excelentes de profissionais de grandes empresas de e-commerce como, Marcel Albuquerque da Netshoes, que falou sobre Mobile Commerce (m-commerce), Fabio Mori, diretor de Market Place do Walmart, que falou sobre canais de vendas, shopping online e clubes de compras. E Maurício Vargas diretor presidente do site Reclame Aqui, que abordou temas como, gerenciamento de crises, atendimento e redes sociais no e-commerce.

No evento, conversamos com Marcel Albuquerque, coordenador de marketing mobile da Netshoes que falou sobre algumas ações mobile que pequenos varejistas podem adotar, pois não exige grandes investimentos e o retorno pode valer muito a pena.

Marcel Albuquerque da Netshoes.

Sabemos que o E-commerce é muito mais do que simplesmente contratar uma plataforma, subir seus produtos e começar a vender, o ideal é tratar o assunto com o máximo de profissionalismo possível, ter um plano de negócios e buscar bons parceiros. Porém, isso ainda está longe para a maioria dos pequenos varejistas. Portanto, o que você sugere em termos de ações mobile para quem quer começar a investir nesse segmento?

Marcel Albuquerque: “Antes de mais nada, é importante verificar se é relevante para o negócio pois, há casos que podem ser irrelevante te um site mobile. Pode ser que o volume de pessoas que acessam o site em questão pelo celular seja mínimo e não vai justificar o investimento em desenvolver uma plataforma nova, ter mais um canal para administrar, mais colaboradores para cuidar da mídia, que deve ser específica para mobile. Por isso, não adianta dar um passo maior que a perna, não é necessário estar a frente do tempo, precisa estar no seu tempo”.

Após diagnosticarmos que o número de pessoas que acessam meu e-commerce pelo celular é relevante como investir e qual caminho seguir quando não há recursos no momento? Como atender meu consumidor mobile neste caso?

Marcel Albuquerque: “Depende muito da estratégia que você quer adotar. Acredito que se ainda não há recursos para investir em um aplicativo ou site mobile, por exemplo, ou se o volume de acesso não justificar tal investimento, o importante é estar presente no mobile. Talvez de uma outra forma como usar o mobile como um canal de divulgação do seu e-commerce mas que a conversão não necessariamente precise ser feita no ambiente mobile. Uma alternativa é criar uma landing Page informando ao seu público quem você é e direcionar o usuário para web, porque esta simples ação mostrará o quanto você esta preocupado em atendê-lo bem e posteriormente pode convertê-lo de alguma forma.

Outra opção interessante, é se afiliar a programas ou firmar parcerias com algumas empresas que fomentam o mercado mobile, como por exemplo, o Buscapé. No aplicativo do Buscapé o usuário busca por produtos, o Buscapé trás a informação do seu e-commerce, ele mesmo faz a transação e depois faz o repasse para você. O Buscapé desenvolveu uma solução de mobile payment para atender esse usuário, então facilita para as lojas pois não necessário ter uma estrutura para receber o usuário ou fazer todo o processo de compra. Portanto, acredito que esta estratégia seja uma das melhores alternativas para pequenos varejistas de e-commerce.”

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Conclui-se que, embora o pequeno varejista possa ter muitos desafios pela frente, existem várias opções no mercado que podem ajudá-lo nesta jornada. Definir um objetivo é primordial para tomada de decisões e adotar suas estratégias.

E aprendemos que, não é porque todos fazem que precisamos fazer também e não é porque meu concorrente fez que preciso fazer o mesmo. Antes, busquemos saber o que é relevante para o e-commerce segundo o nosso consumidor.

Texto publicado no Midiatismo.
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