A eleição presidencial de 2016 dos Estados Unidos foi diferente de qualquer outra que o mundo já viu. Para entender qual é a realidade da disputa no ambiente do e-mail marketing, a Return Path criou o site Email for President, que evidencia o importante papel das mensagens eletrônicas no desempenho das campanhas dos principais candidatos à presidência: Donald Trump e Hillary Clinton.
Ao longo do ciclo eleitoral, o site gerou comparações diretas entre os programas de e-mail dos rivais, revelando insights únicos sobre seu desempenho diante dos potenciais eleitores.
A análise da Return Path foi realizada com base em dados de mais de 2,5 milhões de caixas de entrada de usuários, durante os meses que antecederam a eleição de novembro. Desse estudo, é possível extrair quatro valiosas lições sobre o papel do e-mail:

 Trump x Clinton: a batalha dos candidatos no ambiente do e-mail marketing

1- Tenha uma lista legítima para não estressar destinatários

Hillary Clinton iniciou a campanha virtual com uma clara vantagem sobre o adversário no tamanho da lista de e-mail. A diferença devia-se ao fato de que ele iniciou a base de dados do zero, enquanto ela cultivava o seu banco de endereços eletrônicos há anos, sempre dentro do cenário político.
Recentemente, porém, a situação se inverteu. Trump chegou a ter uma lista de e-mails 20% superior, vantagem que hoje é de 9%. O problema é que para alcançar essa superioridade, aparentemente, Donald comprou um mailing, no qual é possível que muitos destinatários não tenham interesse em receber suas mensagens.
A prática não é recomendável porque tende a gerar baixa taxa de abertura e/ou aumento da classificação de mensagens como spam pelos destinatários, comprometendo tanto a reputação do remetente diante dos provedores, quanto a entrega na caixa de entrada das pessoas que realmente gostariam de receber o e-mail.

2- Cair no spam é sinônimo de perda de oportunidades de negócios

Na tentativa de angariar fundos para a campanha por meio de uma ação virtual intitulada “The First One”, Trump foi prejudicado pelos filtros de spam. Na ocasião, seu acesso à caixa de entrada dos eleitores foi de cerca de 35%.
A análise da Return Path mostra que o e-mail de angariação de recursos foi enviado de um novo domínio não testado e não reconhecido como remetente legítimo. Embora a equipe de Donald tenha afirmado que a campanha arrecadou US$ 40 milhões em duas semanas, esse total poderia ter sido muito maior.

3- Não perca a credibilidade diante dos provedores

No início da campanha, os destinatários de Trump mostraram-se altamente receptivos, o que fez com que o candidato sempre vencesse a adversária Hillary nas taxas de abertura de e-mail.
No entanto, Donald viu sua vantagem cair significativamente nesse quesito após a falta de planejamento na campanha de angariação de fundos, e não conseguiu mais se recuperar completamente.
No final de outubro, sua taxa de abertura era de 12%, contra 18% da adversária. Ambos estavam acima da média da indústria (11%).

4- Vale a pena investir tempo e dinheiro em boas práticas

A adesão da equipe de Clinton às melhores práticas no uso do e-mail rendeu resultados positivos à candidata no processo de acesso aos eleitores. Toda a campanha eletrônica de Hillary é disparada a partir de um único domínio certificado, com taxa de entregabilidade de 96% e quase nenhuma reclamação de spam por parte dos destinatários.
O sucesso no acesso à caixa de entrada deve-se à preocupação com a segmentação das campanhas de acordo com os interesses de quem as recebem, além da realização de rigorosos testes. Já a campanha de Trump, disparada de diferentes domínios, registrou taxa de reclamação de até 20% nas últimas semanas.
Apesar dos variados canais de comunicação disponíveis, o e-mail continua sendo um dos meios mais eficientes de acesso, no caso, aos eleitores e assim angariar votos. Como vimos nos dados extraídos do site Email for President, um programa bem-sucedido de e-mail pode manter a máquina de campanha acelerada, enquanto os erros de e-mail tendem a ser incrivelmente prejudiciais.
O site é uma pequena amostra do funcionamento interno de um programa de e-mail. Com as soluções adequadas, é possível que os profissionais de marketing obtenham insights que vão além de simples acessos e cliques, para garantir que cada e-mail atinja seu destino pretendido, entregando uma mensagem relevante e maximizando o ROI.

Author

Tom Sather é diretor sênior de pesquisa de e-mail na Return Path. Provedora global de soluções de dados, a Return Path analisa a maior quantidade de dados de e-mails do mundo para mostrar aos profissionais de marketing como conectar a marca que eles representam ao público de interesse e fortalecer o engajamento com seus consumidores e clientes, além de proteger suas marcas contra fraudes.

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