A economia compartilhada surgiu na última década para revolucionar a área de transportes e viagens. Será que uma ruptura parecida poderia acontecer com o Varejo?

Em relatório publicado em novembro, “The Sharing Economy: How Uber and Other Upstarts Will Affect Retail” (A economia compartilhada: Como o Uber e outras startups em ascensão afetarão o varejo”), a eMarketer investiga este potencial.
economia-compartilhadaEconomia compartilhada não é o único termo para definir a área, muito menos esta possui uma definição padrão.

Economia Colaborativa, Economia On-demand, Economia Peer-to-Peer, são todos termos comumente utilizados, com pequenas diferenças e muitas semelhanças entre si.

O eMarketer usa o termo em inglês: “Sharing Economy” (Economia compartilhada) para significar serviços que vinculam bens subutilizados ou compartilhados – sejam eles um produto, tempo ou habilidade – à pessoas interessadas nestes recursos.
Em pesquisa realizada pelas empresas Vision Critical e Crowd Companies a Economia Compartilhada foi vista de uma forma mais ampla, na qual incluíram negociações entre pessoas conectadas à rede, sem um intermediador, chamada de “Trocas Peer-to-peer”, como as empresas Etsy e eBay.

A pesquisa descobriu que 51% dos usuários de internet dos Estados Unidos entrevistados utilizaram algum serviço de compartilhamento em 2015, 12% acima de 2014.

As empresas que tem mais destaque atuando na economia compartilhada estão centralizadas em poucas áreas. Empresas como Spotify, Uber e Airbnb tiveram um grande impacto, levando muitos consumidores a compartilhar ou alugar bens na indústria de entretenimento, mídia, automotivos e transportes, hospitalidade e alimentação.

economia-compartilhada2Mas, segundo outra pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers (PwC) em dezembro de 2014, apenas 2% dos consumidores dos EUA haviam realizado transações no mercado da economia compartilhada no varejo.

É necessário ressaltar que na pesquisa da PwC, não foram incluídas transações de bens usados, como é o exemplo do eBay.

“Se eu vejo que as empresas [de varejo] estão transformando completamente seu modo de agir? Não, não é bem assim”, disse Tanner Hackett, co-fundador da Button, empresa que oferece tecnologia aos aplicativos.

“Tudo tende para uma maior eficiência. Isto não é verdadeiramente uma ruptura; este é o “efeito Amazon”. Oferecer melhores preços, melhor serviço e mais produtos. Esta é a evolução natural das coisas.”

Texto traduzido do site eMarketer.com.

Author

Formado em Administração de Empresas pela Metodista. Passou 4 anos como Inteligência de Mercado na E-bit, mais respeitada fonte de informações do e-commerce no Brasil. De lá, ingressou no portal de imóveis Viva Real, onde cuidou de planejamento e estruturação dos sistemas e processos internos.

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