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Metodologia: Como escolher a melhor plataforma de e-commerce para sua operação

Sem dúvida um dos assuntos que mais suscitam dúvidas quando se fala em uma operação de comércio eletrônico é o sistema da loja virtual comumente chamado de plataforma e-commerce. Minha intenção com este post é elencar uma série de fatores chaves que ajudem o empresário ou profissional de TI que te dirão como escolher a melhor plataforma para sua operação.
Nos cursos de e-commerce a pergunta padrão  é “Qual é a melhor plataforma?” e a resposta correta apesar de frustrante é o famoso “Depende”. Isto por que a escolha envolve fatores específicos a serem considerados para cada empresa/negócio que irá contratar.

12 coisas para saber antes de escolher a plataforma de e-commerce

A meu ver, podemos afirmar que a melhor plataforma está diretamente ligada a melhor relação custo-benefício levando-se em conta a seguinte metodologia:

Custo x Fase da loja x Funcionalidade x Suporte

Neste post não vou entrar no mérito se a plataforma mais adequada é: plataforma SaaS, customizada ou código-livre. É claro que as vantagens de cada uma delas deverão ser consideradas e pesadas na balança, mas o ponto principal é ver qual delas se ajusta melhor ao custo-benefício citado. Vamos agora analisar mais detalhadamente como cada um destes fatores agem na decisão:

Custo

Por mais óbvio que possa parecer, este fator às vezes pode ser um dos principais vilões na primeira etapa de uma loja.  É importantíssimo olhar para a verba total  que se tem no projeto e definir claramente o quanto será destinado ao Marketing Digital.
Isto por que  na maioria das vezes é possível começar com uma plataforma mais simples mantendo um investimento de marketing constante e eficiente. Quando esta plataforma der indicações de que não é mais adequada, é sinal de que a loja já se provou um bom negócio e valerá um investimento maior.

Quanto se gasta para abrir uma loja virtual

Empresas como a Netshoes começaram suas operações em plataformas muito simples para mais para frente mudar para outras mais complexas e “parrudas”. Por outro lado, de nada adiantará você ter uma plataforma dos sonhos se isso sacrificar a sua verba de marketing e por consequência não conseguir chegar no faturamento de vendas esperado.
A boa notícia é que hoje as plataformas estão muito mais em conta e os facilitadores de pagamento permitem que mesmo uma operação muito pequena consiga ter a mesma credibilidade e opções de pagamento que os grandes varejistas. Resumindo, é recomendável que o investimento de na plataforma esteja na faixa de 20 à 30% do investimento que será feito em Marketing Digital.

Fase da loja

É importante compreender que pode se definir a fase da loja principalmente por duas medidas: nível de conhecimento da equipe na operação de e-commerce e rentabilidade da loja.
Se você está iniciando sua loja virtual, ainda tem uma longa “curva de conhecimento” (que aliás nunca acaba), e ainda não tem uma loja rentável. Porém se já abriu um e-commerce e está querendo mudar para uma plataforma mais adequada ao novo tamanho da operação a sua visão é completamente diferente.
É importante ter consciência que para aqueles que estão na primeira fase, devem dar preferência a plataformas mais simples, mais intuitivas e é claro se possível mais barata. Este é um típico caso que o “bom” é inimigo do “ótimo” e como eu costumo dizer, às vezes: “ótimo é amigo do  ‘nunca'”.
Se a sua empresa vai implantar um sistema de gestão ou já possui um, avalie se será necessário já começar com uma plataforma integrada ao ERP. Esta integração deixa o projeto muito mais complexo e as vezes acaba demorando tanto para ser feito que pode inviabilizar a operação.
Da mesma forma, quando você inicia, a sua visitação é baixa, e existem algumas plataformas no modelo Saas muito boas no mercado podem ter custos mensais atraentes para quem está iniciando. A recomendação é ficar atento aos modelos de cobrança com custos atrelados a Pageviews da  loja. Isto deverá estar muito bem alinhado com as campanhas de marketing e considerados no custo do projeto.

Funcionalidade da loja

Este item deve ter um peso importante na escolha. É fato comum o lojista depois de contratar a plataforma, descobrir que tem uma série de funcionalidades que ela não possui, ou se possui deve ser cobrada à parte, encarecendo o projeto. Meu conselho padrão é  faça um Benchmarking de mercado. Navegue na loja de seus concorrentes, faça compra (ou simule), em cada uma delas. Avalie as funcionalidades básicas e avançadas que cada uma oferece.
Uma boa forma de escolher estas lojas é entrar no site da Ebit, veja a seção “Reputação de Lojas” e filtre por categorias e medalhas. Escolha a medalha “Diamante” para a categoria correspondente ao seu segmento. Essas lojas são comprovadamente de ótima qualidade e podem ser excelentes referências. No rodapé das páginas destas lojas muitas vezes é exibido o link “desenvolvido por XXX” ou “tecnologia XXX” onde XXX é o nome da plataforma ou agência digital.
Outro conselho importantíssimo: não contrate uma plataforma sem antes navegar no Painel de Controle. Verifique a facilidade de cadastrar produtos, se a plataforma permite importação de dados para o caso de ter milhares de produtos cadastrados.
Veja com atenção os Relatórios Gerenciais (vistas, vendas, status de pedidos) que ela fornece, pois serão de vital importância no dia-a-dia da loja. Outro ponto importante, verifique se ela possui funcionalidades que ajudem a loja a ter um bom posicionamento nos sites de busca (SEO), como por exemplo URL amigável, cadastro de meta tags, meta keywords, etc (Essa fonte de tráfego é muito valiosa para loja).  Enfim, faça uma lista de funcionalidades de cada plataforma a ser orçada e avalie qual está mais adequada as suas necessidades.

Suporte

OK! Você encontrou um prestador de serviço que é um verdadeiro gênio da informática e que rapidamente colocou sua loja no ar por ótimo custo, com as funcionalidades que você desejava. A pergunta é:
Qual a disponibilidade deste profissional quando a loja passar por problemas ou precisar de atualizações simples?
Muitas vezes a “lua-de-mel” com a empresa ou prestador de serviço pode acabar neste momento. Não é simples fazer a manutenção de plataformas de e-commerce e prestar um bom atendimento aos clientes exige infra-estrutura, e não raramente o barato sai caro. Minha recomendação é :
Antes de contratar a plataforma, peça referências de clientes e dê preferência para empresas que estão há mais de 3 anos no mercado.
Ligue para clientes atendidos pela empresa a ser contratada. Se você for integrar sua loja no ERP, essa recomendação é obrigatória. E se a empresa disser que não pode passar referências de clientes por questão de confidencialidade, desconfie, pois essa prática é padrão em empresas de tecnologia.
Questione quais os SLAs de atendimento e os mesmo deverão estar definidos de forma clara na contratação do serviço. Uma questão importante principalmente para aqueles que vão utilizar lojas de código-aberto é saber como a empresa ou prestador de serviço protege a loja de uma possível invasão de hackers e como é feito o backup dos dados da loja. O ideal é que esta loja esteja de alguma forma avaliada por instituições especializadas como por exemplo Site Blindado.
Outro ponto que deve ser colocado é o suporte que essa empresa dará quando você, por ventura, desejar sair da plataforma. Como serão exportados os dados cadastrais e histórico de compras dos seus clientes, transações da loja, entre outras informações? Muitos lojistas só ficam sabendo no momento em que desejam sair que poderão perder uma série de informações importantes da loja, portanto cheque isto com antecedência.

Tomando estes pequenos cuidados suas chances de fazer uma escolha bem sucedida aumentam muito. E mesmo que você tenha que trocar de plataforma mais para frente, as mesmas recomendações continuam valendo porém o seu conhecimento no assunto até lá o ajudará a ser ainda mais assertivo.

Veja mais: Quero abrir uma loja virtual, por onde eu começo?

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